Brasil define protocolos para explorar reservas de “terras raras”

Brasil define protocolos para explorar reservas de “terras raras”

Por: Dyogo Oliveira

“Terras raras” estão entre os minerais estratégicos para fomentar tecnologias de baixo carbono — de turbinas eólicas a veículos elétricos. Em ano de COP30, A Revista de Seguros aborda desafios e oportunidades da exploração desses minerais no Brasil na matéria de capa.

O País detém a terceira maior reserva mundial de “terras raras”, responde por apenas 1% da produção global, mas pode atingir 10% em alguns anos. Minas Gerais, Amazonas, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Roraima estão no mapa da exploração dessa riqueza mineral. Com a demanda crescente e tensões geopolíticas, dominar essa cadeia produtiva é urgente — hoje, o País ainda depende do exterior para processar o que extrai. Os riscos ambientais existem e precisam ser enfrentados com responsabilidade, e debate é inevitável: como avançar nessa nova corrida mineral sem cometer erros?

 

Outra reportagem destaca o momento de recuperação das montadoras brasileiras, com alta em vendas, produção e exportações no primeiro trimestre do ano. Ao mesmo tempo, enfrenta desafios que ameaçam sua sustentabilidade — o principal deles, a crescente concorrência de veículos chineses elétricos e híbridos, mais tecnológicos e baratos. O cenário também impacta as seguradoras de automóveis, que correm para revisar apólices e ajustar modelos de precificação, já que a entrada de veículos elétricos e importados altera o perfil de risco, exigindo soluções sob medida.

 

Motor do crescimento econômico, a construção civil registra desempenho satisfatório nos últimos anos, sobretudo no mercado imobiliário, o que tem propiciado a alta na arrecadação das modalidades de seguros que cobrem diversos riscos dessa atividade.

 

Outro canteiro de obras é Belém do Pará. Reportagem mostra como investimentos inéditos em infraestrutura, mobilidade e saneamento colocam a capital paraense em novo patamar de desenvolvimento e no radar do turismo mundial a partir da COP30.

 

No Fórum de Seguros Brasil–França, realizado pela CNseg em parceria com a France Assureurs, em Paris em junho, concluiu-se que o mercado segurador pode — e deve — ser protagonista nas respostas à crise climática. E revelou um contraste gritante: enquanto na França 97% dos imóveis residenciais têm seguro contra danos climáticos, no Brasil esse número não passa de 15%.

 

Duas outras reportagens tratam do universo agro. Uma examina o debate sobre a reestruturação do Seguro Rural, a fim de modernizá-lo em razão dos eventos climáticos extremos e reduzir gastos do Tesouro com perdas no campo. A outra destaca como as mudanças climáticas começam, gradualmente, a mudar o mapa agrícola brasileiro. Trata-se de um processo que se estenderá pelos próximos 20 ou 30 anos, com risco de tornar regiões inaptas para determinados cultivos.