Acordo Mercosul/UE pode ajudar brasil a mitigar efeitos da guerra comercial global
Em meio à escalada da guerra comercial global, a reportagem de capa da Revista de Seguros revisita o acordo Mercosul/UE e debate os benefícios que poderá produzir na economia brasileira, além dos desafios que impõe aos setores mais expostos à concorrência.
O acordo é um anteparo para o País por favorecer o crescimento do mercado de trabalho e garantir o avanço de quase meio ponto percentual do PIB nacional, no prazo de 15 anos, conforme analisa a reportagem. No caso de seguros, pode elevar a expansão do mercado em que a integração e a competição já estão incorporadas à rotina das seguradoras e resseguradoras. Contudo, ao longo da regulamentação do acordo, a reação das duas maiores economias do planeta, Estados Unidos e China, pode gerar turbulências a seu pleno funcionamento, dizem especialistas.
Também tratamos da candidatura brasileira como membro da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apresentada em 2017. Hoje, o chamado Clube dos Ricos reúne 38 países. O ingresso na OCDE é visto como um selo de qualidade por investidores estrangeiros. O País avança na adesão aos chamados instrumentos basilares avaliados para aprovar as candidaturas – e já cumpriu cem das 253 exigências.
A entrevista desta edição trata das principais ações em curso no País para reduzir o chamado Custo Brasil, que provoca despesas adicionais estimadas em R$ 1,7 trilhão, reduzindo a competitividade das empresas e a atração de investimentos. Há 41 projetos na Agenda para execução até 2026 – 18 deles com potencial de baixar em cerca R$ 530 bilhões o custo com despesas desnecessárias.
No Rio Grande do Sul, após quase um ano da maior tragédia ambiental na região, recursos bilionários transformam o estado em um canteiro de obras, com aportes financeiros nas mais diversas áreas. Esses investimentos dos governos federal, estadual e municipais recuperaram empregos, negócios e a esperança de que o Rio Grande do Sul estará mais bem preparado para novos eventos climáticos extremos. Só o Governo Federal fez repasses de R$ 141 bilhões.
Principal evento do calendário brasileiro neste ano, a COP30 acena com a chance histórica de o mercado segurador ter protagonismo na transição climática, em investimentos verdes e no fortalecimento da infraestrutura. A criação da Casa do Seguro da CNseg é a ação mais emblemática – o espaço multifuncional a ser instalado em Belém para o evento será palco de debates de enorme relevância sobre sustentabilidade, transição climática e o papel de protagonista que cabe ao mercado segurador.
Os leitores poderão conferir ainda os impactos da regulamentação da Inteligência Artificial no País e o debate sobre a qualidade da formação dos médicos no Brasil, além de conhecer o cenário do mercado segurador argentino em meio à profunda recessão ocorrida em 2024 e, agora, perante os primeiros sinais de recuperação econômica.
Boa leitura!