CHUVAS SEVERAS ENTRAM DE VEZ NO RADAR DE PERDAS E DE RISCOS DAS SEGURADORAS
Chuvas torrenciais repentinas e frequentes provocam danos cada vez mais severos na construção civil e na infraestrutura do País. Por: Dyogo Oliveira
Chuvas torrenciais repentinas e frequentes provocam danos cada vez mais severos na construção civil e na infraestrutura do País como um todo, danificando estruturas, gerando perdas de materiais e de equipamentos e afetando prazos de entrega de obras e, por fim, o desempenho de algumas modalidades de seguros patrimoniais.
Essas são algumas das constatações da matéria de capa desta nova edição da Revista de Seguros.
Tais eventos representaram a metade das indenizações de seguros patrimoniais pagas no ano passado. Alagamentos e inundações tornaram-se as principais causas de sinistros ocorridos em obras de engenharia e construções verticais. Pior: os danos podem ser potencializados, pois parte significativa da infraestrutura do País tem de 30 a
40 anos e baixo nível de manutenção, o que agrava os valores das perdas seguradas.
O cenário desafiador criado pelo avanço do alcoolismo é apresentado em outra reportagem.
O hábito de beber – mesmo em doses moderadas – nada tem de saudável e responde por mais de 200 doenças e tipos de lesão, de acordo com a métrica de Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade (DALY, na sigla em inglês).
Na faixa etária de 20 a 39 anos, cerca de 13,5% das mortes em todo o mundo decorrem do consumo de álcool. São pelo menos 379 mil óbitos por ano nas Américas.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), atenta ao problema, criou uma assistente virtual, a Pahola, especialista em transtornos à saúde causados pelo álcool. Pahola promove um teste virtual com o internauta para avaliar seu nível de consumo, estima uma pontuação final sobre esse hábito e dá dicas sobre os benefícios de se reduzir ou interromper o consumo de bebidas alcoólicas.
Primeiro palestrante internacional confirmado na Fides Rio 2023, de 24 e 26 de setembro próximo, o economista Luis Alberto Moreno, ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento(BID), dá spoilers sobre os desafios para reativar o crescimento da economia da América Latina, em meio a riscos políticos, transição digital, desemprego e desigualdades sociais.
“Hoje em dia, 50% dos empregados da América Latina não conseguem ser recolocados no mercado porque não têm atitudes e habilidades requeridas”, afirma ele. Em entrevista exclusiva à Revista de Seguros, ele examina o papel que cabe às seguradoras nesse quadro de grande complexidade para ampliar o nível de proteção das pessoas e de seus negócios.
As perspectivas promissoras de duas modalidades de seguros também são debatidas nesta edição. Uma engloba a vida de rebanhos, o seguro pecuário; a outra, o seguro para atletas profissionais.
O seguro pecuário apresentou uma extraordinária expansão nos últimos anos – saiu de R$6,3 milhões em 2019 para R$ 22,5 milhões em 2020, aumento de 256,4%. Em 2021, a arrecadação mais que dobrou, atingindo R$ 46,9 milhões e, em 2022, fechou em R$ 70,2 milhões.
Apesar do salto, menos de 1% do rebanho brasileiro é segurado. O País tem mais cabeças de gado do que pessoas: são 224,5 milhões de animais contra 215 milhões de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Já a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) – criada pela legislação que estimula clubes de futebol a migrarem do modelo de associação civil sem fins lucrativos para o de empresarial (clube-empresa) – já é vista como remédio promissor para aumentar, pelo menos no futebol, as vendas do seguro de vida para atletas. Apesar de obrigatório desde a vigência da lei Pelé, sancionada há 25 anos, é reiteradamente descumprido.