CNSEG AMPLIA AÇÕES INSTITUCIONAIS EM PROL DA AGENDA DA DIVERSIDADE

CNSEG AMPLIA AÇÕES INSTITUCIONAIS EM PROL DA AGENDA DA DIVERSIDADE

Guia da CNseg destaca importância de adoção de nome social pelas companhias de seguros. Ação cumpre capítulo da agenda de Diversidade e Inclusão liderada pela entidade no plano institucional.

Por: Vagner Ricardo

Mais duas iniciativas da CNseg reforçam seu compromisso institucional com a agenda da diversidade, equidade e inclusão: um guia que destaca a importância da adoção do nome social pelas seguradoras e a conversão do Grupo de Trabalho de Diversidade e Inclusão da CNseg, criado em 2017, em Comissão Temática.

 

As ações são implementadas justamente no mês do Orgulho LGBTQIAP+, comemorado em junho, e ampliam o leque de iniciativas institucionais em prol da pauta da diversidade, como a criação do Dia da Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros, a partir de 2019, ou a “Cartilha de Boas Práticas para a Diversidade no Mercado Segurador”, de 2017.

 

O ponto alto das celebrações do Orgulho LGBTQIAP+, comemorado em todo o mundo, é o dia 28 de junho, data de um confronto violento ocorrido entre policiais e manifestantes nos Estados Unidos, em 1969, em defesa do clube gay Stonewall Inn, aberto em 1967, em Nova Iorque. As celebrações mundiais desse dia buscam conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia.

 

Em seu Guia, a CNseg destaca que a “discriminação, a violência e a exclusão ainda são realidades enfrentadas por muitas pessoas por conta de sua identidade de gênero”. Dessa forma, entende que o uso do nome social, “para se referir a pessoas travestis e transexuais, respeitando suas autodeterminações”, configura a garantia de um direito para grupos da sociedade que historicamente sofrem violações e preconceitos.

 

Nesse contexto, ainda segundo o Guia da CNseg, o uso do nome social pelas empresas e a criação de um ambiente inclusivo contribuem para a construção de uma sociedade mais igualitária e livre de preconceitos, além de fomentar a diversidade. “A adoção do nome social refina o nosso compromisso de proporcionar um ambiente mais inclusivo e acolhedor para todos no mercado segurador”, afirma o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira.

 

“Temos visto o amadurecimento do setor em relação aos temas da pauta de Diversidade e Inclusão. As empresas têm buscado, a cada dia, novos meios de acolher e incluir colaboradores e clientes, mantendo um olhar atento e permanente às mudanças da sociedade. A adoção do nome social faz parte disso. Adotar o nome social, portanto, é uma atitude de respeito e de reconhecimento da diversidade do indivíduo, é assegurar o direito à individualidade do ser humano”, acrescenta Ana Paula de Almeida Santos, diretora de Sustentabilidade e Relações de Consumo da Confederação.

 

O Guia da CNseg conta com dez tópicos que destacam informações e conceitos relevantes sobre o tema, incluindo um glossário. Com isso, as empresas do mercado segurador podem criar ou refinar políticas internas para promover a inclusão do nome social.

 

Entre outros assuntos, o Guia explica como a adoção do nome social contribui para minorar constrangimentos e situações desconfortáveis; detalha as diferenças entre expressão e identidade de gênero; revisita a legislação que trata do uso do nome social na esfera pública; fala a respeito de como solicitar a inclusão do nome social nos contratos e define estratégias para promover a inclusão do nome social no mercado segurador.

 

“Obviamente, essas adaptações são complexas e exigem investimentos. Não temos, portanto, como prever o tempo necessário para fazer os ajustes operacionais “, informa Ana Paula.

 

VALOR NOS RELACIONAMENTOS

A advogada Angélica Carlini, coordenadora Educacional na Escola de Negócios e Seguros (ENS) em São Paulo, assinala que o nome social reflete a compreensão de que, no novo cenário empresarial, a credibilidade das empresas não pode mais ser medida apenas pelos resultados econômicos, pela marca forte e bem gerenciada e por produtos de qualidade que gerem confiança nos consumidores.

 

“A rigor, as empresas que miram em credibilidade e perenidade devem estar também comprometidas em gerar valor nos relacionamentos estabelecidos, abrangendo sustentabilidade, diversidade e inclusão, bem como uma governança transparente e confiável. Nessa toada, está incluída a adoção do nome social, uma livre manifestação da personalidade, e um elemento essencial para a criação de valor para a própria empresa e para todos os stakeholders com os quais ela se relaciona”, acrescenta Carlini.

 

Para Dyogo Oliveira, as iniciativas institucionais da CNseg amplificam o alcance das questões de diversidade, equidade e inclusão no mercado segurador e, ao mesmo tempo, trazem benefícios múltiplos para o setor, como impulsionar inovações de produtos e fortalecer relações pessoais e corporativas.

 

A transformação do GT de Diversidade, Equidade e Inclusão em uma Comissão Temática da CNseg, a partir de junho, é outro ponto a favor da difusão dessa agenda no setor segurador. O GT de Diversidade, criado em 2017 pela Comissão de Sustentabilidade e Inovação, tem um histórico de propostas inovadoras e, com o status de Comissão Temática, estabelece, de forma permanente, um fórum de debates sobre esses temas.