CRIATIVIDADE MARCA ATUAÇÃO DAS SEGURADORAS NO UNIVERSO PET E AGORA INCLUI DANOS CAUSADOS PELOS ANIMAIS DOMÉSTICOS
Ataques cibernéticos ameaçam sabotar a celeridade das operações portuárias, impor perdas financeiras e, no extremo, provocar gaps na entrega de insumos de diversas cadeias produtivas. Por: Dyogo Oliveira
De olho no promissor mercado de animais de estimação, seguradoras ampliam a oferta de coberturas para tutores. Essa é a constatação da matéria de capa da nova edição da Revista de Seguros. Como não têm status de seguros, por não haver regulação da Superintendência de Seguros Privados, as proteções, chamadas de assistências, não se restringem mais aos planos de saúde pets, mas também englobam aquelas “caquinhas” que podem causar danos a terceiros e exigir reparos.
Os casos que se multiplicam nas áreas de liquidação de sinistros das seguradoras e nos Tribunais de Justiça não deixam dúvidas de que a compra das coberturas é o melhor caminho para manter a paz e a tranquilidade, inclusive no meio rural. No mundo, a safra de produtos dessa linha dá saltos na arrecadação, colocando as coberturas para os animais entre as modalidades mais promissoras nos próximos anos. Outra reportagem mostra que o sistema portuário mundial convive com sérios riscos de intercorrências desde que entrou de vez no radar dos hackers, que exigem resgates vultosos para restabelecer as funcionalidades das tecnologias digitais usadas na movimentação das cargas. Ataques cibernéticos ameaçam sabotar a celeridade das operações portuárias, impor perdas financeiras e, no extremo, provocar gaps na entrega de insumos de diversas cadeias produtivas.
Em 2021, essa máquina oculta de crime digital pode ter movimentado, entre resgates exigidos e prejuízos às atividades, US$ 6 trilhões, segundo estimativa da consultoria alemã Roland Berger. Fosse um país, a pirataria cibernética teria o terceiro PIB do mundo, atrás dos Estados Unidos e da China. O crime avança no mesmo momento em que a Economia Azul – o conjunto de atividades relacionadas a mares e oceanos – começa a esquadrinhar seu futuro promissor.
Pelas contas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a marcha da economia global para o mar deverá movimentar US$ 3 trilhões até 2030 em investimentos e negócios. O Brasil exerce papel estratégico nessa área, que inclui desde a construção naval até a exploração de riquezas minerais e energéticas, passando por transportes, pesca, turismo, esportes e biotecnologia.
Mas precisa se mexer. Já as resseguradoras convivem com desvio forte na sinistralidade, puxada por extremos climáticos, inflação e juros elevados, e começam a mudar a política de subscrição de riscos em todo o mundo. As coberturas de resseguros mais elevadas começam a alcançar o Brasil, o que significa que os prêmios de algumas modalidades e ramos, como o rural, vão encarecer para recuperar perdas extraordinárias e reequilibrar o sistema.