Executivos da CNseg detalham ações e legados da Casa do Seguro

Executivos da CNseg detalham ações e legados da Casa do Seguro

Gustavo Brum e Claudia Prates, da CNseg, lideram iniciativas do setor na COP 30, com destaque para a Casa do Seguro, um hub de conteúdo e conexão empresarial.

Por: Vagner Ricardo

O DNA de dois executivos da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) — Gustavo Brum (superintendente) e Claudia Prates (diretora de Sustentabilidade) — está presente nas ações mais relevantes organizadas para a participação do setor segurador na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). O pilar central dessas iniciativas é a Casa do Seguro, um pavilhão de 1,6 mil metros quadrados, que funcionará como um hub de conteúdo, conexão empresarial e promoção da agenda climática do setor. O objetivo principal, segundo eles, é consolidar o setor como parte essencial da solução para os desafios climáticos, buscando seu reconhecimento formal nos documentos e acordos finais da Conferência — algo inédito nas 29 edições anteriores.

 

A jornada do mercado até Belém foi construída em etapas, incluindo encontros prévios com stakeholders-chave, incluindo os ministérios do Meio Ambiente e da Fazenda, especialistas como Paulo Artaxo e o Climate Champion do Brasil. Ao mesmo tempo, coube a ambos participar de tratativas com os “empoderadores” — grupo de seguradoras e brokers líderes de mercado: Allianz, Axa, Bradesco Seguros, BB Seguros, Mapfre, Marsh-Mclennan, Porto, Prudential e Tokio Marine.

 

“São companhias engajadas e comprometidas com a agenda do clima, que já têm produtos, serviços e soluções voltadas para os desafios ambientais. No fim do dia, quem mostra o que existe de fato em termos de soluções são as seguradoras. A presença delas em Belém é fundamental”, diz Gustavo Brum.

 

Para Claudia Prates, os debates na Casa do Seguro demonstrarão o papel relevante na transição climática, com contribuições concretas para a agenda ESG, a partir da apresentação de port­fólios inovadores e de soluções que destacam a atuação das seguradoras na mitigação de riscos e na ampliação da proteção da sociedade diante dos desafios climáticos.

 

A participação na COP30 é, portanto, o ponto de partida de um processo contínuo para integrar definitivamente o seguro nas políticas públicas e na estratégia global de enfrentamento às mudanças climáticas. Essa etapa é fundamental para barrar o gargalo de proteção e ampliar a resiliência de atividades econômicas e da infraestrutura do País, por exemplo, concordam os dois executivos da CNseg.

 

“O gap de proteção é uma realidade no Brasil. Diferentemente da Europa e dos Estados Unidos, onde o seguro faz parte da cultura e até torna-se obrigatório em alguns financiamentos, aqui ainda estamos distantes desse patamar”, afirma Gustavo Brum.

 

“Se tivermos uma proteção maior, os impactos econômicos e sociais das mudanças climáticas poderão ser significativamente menores. É um caminho que precisamos desenvolver de forma mais contundente e urgente”, conclui Claudia Prates.