JORNADA DA CNSEG RUMO AO DESENVOLVIMENTO FAZ 70 ANOS

JORNADA DA CNSEG RUMO AO DESENVOLVIMENTO FAZ 70 ANOS

Confederação chega ao septuagésimo aniversário com a missão de expandir ainda mais o setor no País e inclui-lo definitivamente na agenda econômica nacional.

Por: André Felipe de Lima

Mil novecentos e cinquenta e um. O Brasil vivia naquele ano incertezas socioeconômicas e, sobretudo, políticas do pós-guerra. Mas prevalecia um espírito norteado pela recuperação e modernização. Em janeiro, Getulio Vargas voltava ao poder devidamente eleito e reassumia o posto máximo no Palácio do Catete com um latente espírito democrático – prova disso é que, meses depois da posse, ele sancionaria a Lei Afonso Arinos, proibindo a discriminação racial no território brasileiro.

 

Havia, portanto, uma disposição para um novo País. Foi nesse cenário de retomada e esperança que a indústria de seguros deu um passo significativo no mercado brasileiro com a fundação, no dia 25 de junho de 1951, da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta, a Fenaseg.

 

“Sim, nossa entidade surgiu em um momento desenvolvimentista da economia brasileira, em meio a enormes transformações ocorridas no País, e também como resposta ao próprio espírito de progresso da época. A década de 1950 foi marcada por grandes transformações sociais e econômicas”, afirma Marcio Coriolano, no comando da Confederação desde 2016. O presidente da CNseg relembra que, em 1954, ganhava destaque a atuação do setor segurador no meio rural, com a constituição da Companhia Nacional de Seguro Agrícola (CNSA).

 

Naquela década, o País enfrentava uma grande encruzilhada histórica: de um lado, o passado, o atraso e a estagnação; de outro, o futuro, a modernidade e o progresso. “Apostando na campanha de Juscelino Kubitschek (‘50 anos de progresso em 5 anos de realizações’), o jovem país, que acabara de completar 450 anos, deixava a névoa do imobilismo e se apressava em direção ao futuro”, recorda. O Programa de Metas de Kubitschek, tido como a mais sólida decisão em favor da industrialização na história econômica do País, reuniu 31 metas subdivididas em seis grandes grupos: energia, transportes, alimentação, indústrias de base, educação e a meta-síntese: a construção de Brasília.

 

Como destaca Coriolano, a expansão da indústria automobilística, em especial, impactou diretamente o setor de seguros, que registrou sucessivas altas nas vendas do seguro de automóvel nos anos de 1956, 1957 e 1958. “No caso de Brasília, o seguro desempenhou um importante papel na edificação da nova capital, ao cobrir todos os riscos de vida e ramos elementares da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), responsável pela construção de Brasília”, assinala.

 

REORGANIZAÇÃO

 

A Fenaseg foi decisiva para a estruturação do seguro no País até 2007, quando a modernização do mercado exigiu uma desconcentração da gestão dos segmentos por ela representados. Surgiram, assim, as atuais quatro federações setoriais (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap) que, no ano seguinte, deram origem à CNseg, que sucedeu as atribuições associativas da Fenaseg, que ainda existe como entidade sindical.

 

A partir dessa mudança, coube à CNseg iniciar uma jornada intensa para disseminar a cultura do seguro privado no Brasil, o tópico mais destacado de sua missão. E são indiscutíveis os resultados dessa investida incessante associada ao comprometimento dos agentes do setor (órgão regulador, seguradoras e corretores) com a incansável busca pela excelência.

 

A CNseg chega, portanto, aos seus 70 anos como a forte representante de um setor que cresce ano a ano a despeito do quadro macroeconômico e mesmo sem constar das prioridades das políticas públicas do Governo, um pleito histórico da instituição e meta indissolúvel da gestão de Marcio Coriolano à frente da instituição. “Buscar incluir o setor de Seguros, Previdência e Vida, Capitalização e Saúde Suplementar no centro de políticas macroeconômicas é um compromisso público e histórico da CNseg.

 

Isso é estratégico para a modernização dos marcos legais do setor, para a integração das políticas setoriais, como indústria, agricultura e meio ambiente, entre outras. É isso que poderá alavancar mais ainda o sentido da proteção securitária como poderoso fator de proteção de rendas, patrimônios, vidas, saúde e negócios em geral”, frisa Coriolano.

 

Além da questão da proteção, a CNseg mostra continuamente a importante contribuição dos ativos garantidores do setor para a economia do País. “Hoje, o setor está entre os maiores investidores institucionais, com R$ 1,2 trilhão de ativos garantidores dos riscos assumidos, recursos esses que retroalimentam a economia e financiam mais de 23% da dívida pública federal”, destaca Coriolano. Dadas todas essas características, acrescenta ele, a atividade precisa ser verdadeiramente colocada de vez no centro de medidas macro e microeconômicas.

 

“O setor tem enorme contribuição a dar ao País, inclusive às reformas estruturais necessárias ao seu crescimento sustentável”, segundo Coriolano, para quem a história mostra que países desenvolvidos superam mais rapidamente os ciclos adversos porque contam com o apoio de um setor de seguros sólido e dinâmico.

 

“Além da inserção nas políticas de Estado, há outras ações que colaboram para o crescimento sustentado do setor, principalmente a retomada de uma agenda de desregulamentação historicamente reivindicada pelo setor segurador e necessária para o progresso da atividade”, avalia o presidente da CNseg, acrescentando que as iniciativas da atual administração da Susep já são nesse sentido, o que contribuirá para potencializar negócios nos diversos ramos e modalidades de seguros nos próximos anos.

 

“Melhor ainda porque conta com respaldo do Ministério da Economia, assegurando passos rápidos em direção à desregulamentação e à desburocratização”, reconhece ele.

 

 

MARCOS DESSA HISTÓRIA

 

João Elísio Ferraz de Campos, que presidiu a Fenaseg na década de 1990, foi um dos protagonistas dessa transição de modelo institucional ao ser reeleito para a Presidência da entidade em 28 de setembro de 2007, ano marcado pela abertura do mercado de resseguros com a quebra do monopólio do IRB Brasil. “Era uma bandeira do setor de seguros há muito tempo e nesse movimento, sim, a CNseg teve um papel político e institucional importante”, exalta João Elísio, que completa:

 

“Quando assumi a Presidência da entidade, nos primeiros anos da década de 1990, a participação do mercado de seguros no PIB do País se situava, historicamente, na casa de 1%. Hoje está em torno de 4%”, destaca. Para ele, tão importante quanto o crescimento foi o aprimoramento da atividade de seguros com o lançamento de novos produtos e o aperfeiçoamento dos existentes, e a qualificação dos profissionais das empresas. “Enfim, houve um salto de qualidade na gestão dos negócios do setor. No meu entender, é justamente isso que explica em boa parte esse crescimento expressivo”, relata.

 

O advogado Jorge Hilário Gouvêa Vieira, que presidiu o IRB Brasil de 1985 a 1987, assumiu a Presidência da CNseg em 2010, onde permaneceu até 2013. Ele conta ter sido indicado para, num primeiro momento de sua gestão, fixar a imagem da Confederação, que vivia seus primeiros anos após a reorganização institucional, e prepará-la para a profissionalização.

 

“Isso só se deu agora, com a eleição do Marcio Coriolano. Antes, só seguradores assumiam a Presidência da Fenaseg/CNseg sem remuneração. Era uma contribuição que as pessoas davam à organização, e no mundo moderno isso não funciona. No passado foi preciso pensar na profissionalização, e isso foi feito com a criação de uma nova estrutura administrativa, a criação de uma diretoria-executiva, que foi ocupada por Solange Beatriz Palheiro Mendes, que está lá até hoje.”

 

Outra importante ação empregada na gestão de Jorge Hilário foi a reestruturação das comissões temáticas. Ele entende que o seguro precisa retomar seu espaço na política econômica do País. “A conquista tem de ser política, não pode ser só pela importância do setor. O seguro terá sua importância reconhecida pelo Governo no momento em que for dado poder político ao mercado”, sinaliza Jorge Hilário, que integrou a equipe econômica comandada por Francisco Dornelles, então ministro da Fazenda em 1985. “Disse ao ministro que só aceitaria o convite se o presidente do IRB fosse o presidente do Conselho Nacional de Seguros, que depois seria responsável pela Susep. Ele aceitou e respondeu: ‘Não quero outra coisa. O ministro da Fazenda não tem tempo para tratar de seguro.

 

Quero que você seja responsável pelo seguro, o ‘Ministro do Seguro’. Isso deu uma força muito grande ao mercado, que ainda era incipiente. Mas grandes avanços foram feitos na liberação dos seguros, acabando com as comissões fixas”, recorda Jorge Hilário. Ele ressalta, contudo, que, ao sair do Governo dois anos depois, o poder político do mercado de seguros não conseguiu ser restabelecido.

 

“O ministro Dilson Funaro deu continuidade a esse processo e depois, um pouco no final, o Governo Sarney, mas depois nunca mais. O Ministério da Fazenda considerava o setor de seguros como algo do terceiro ou quarto escalão. Aí perdemos esse poder de novo.”

 

CULTURA DO SEGURO

 

Outro grande desafio da CNseg nos seus 70 anos de atividades é a disseminação da cultura do seguro pelo País. Para Jorge Hilário, a primeira ação a ser empregada é o fomento da educação financeira, o que a CNseg vem implementando com o programa de educação em seguros: “Outra coisa que já está se desenvolvendo, e muito, é a atração de jovens talentos para o mercado segurador, que antigamente não havia. O jovem sente-se bem em trabalhar no mercado segurador.”

 

Integrado à Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), o programa de Educação em Seguros da CNseg foi anunciado em 2016, como uma das primeiras ações da gestão de Marcio Coriolano na entidade, com apoio das quatro Federações associadas, para fortalecer ainda mais as ações de comunicação educativa e realizar mudanças nas ações institucionais e de mercado, estendendo à sociedade o conhecimento estruturado e informações qualificadas e compreensíveis de um setor essencial para o desenvolvimento socioeconômico do País.

 

O atual presidente da CNseg reforça que o programa de Educação em Seguros fortalece a conscientização sobre prevenção de riscos da população, ajudando-a a fazer compras mais qualificadas e adequadas de seguros visando prover os consumidores com o melhor entendimento possível sobre os fundamentos do seguro e as diferentes características dos produtos, entre outros propósitos. “Ao lado da educação, vital para disseminar a cultura de seguros, a comunicação institucional estratégica é outro mecanismo para ampliar a compreensão de todos. Educação e comunicação assertiva são, enfim, duas contribuições que, de forma difusa, asseguram o crescimento sustentável do setor de seguros”, ressalta Coriolano.

 

Sob a bandeira da Educação em Seguros, a CNseg fortaleceu suas ações de comunicação com a criação da rádio e, mais recentemente, dos podcasts, além da inserção da Confederação nas redes sociais. Também é produzido conteúdo qualificado por meio dos Livretos de Educação em Seguros, uma série em permanente evolução, e consolidando-se um estruturado diálogo com os Procons de todo o Brasil por intermédio dos Colóquios de Proteção do Consumidor de Seguros.

 

O Glossário do Seguro é outra iniciativa relevante, como cita Coriolano, consistindo em uma publicação organizada em seções que apresenta os principais conceitos que envolvem os segmentos de danos e responsabilidades, coberturas de pessoas, saúde suplementar, capitalização e microsseguros. Além disso, o Glossário descreve cada tipo de produto, suas características essenciais, coberturas principais e adicionais, riscos excluídos e modalidades de contratação, além de esclarecer as dúvidas mais comuns dos consumidores.

 

RELEVÂNCIA DAS FEDERAÇÕES

 

Os presidentes das quatro federações também reforçam a importância da CNseg para o fomento da cultura do seguro. Ao completar 70 anos de atividades, a CNseg consolida-se como porta-voz de um mercado em permanente evolução, como ressalta o presidente da FenSeg, Antonio Trindade. “A CNseg se agigantou no cenário nacional por sua importância estratégica para o crescimento sustentado da economia, empenho em disseminar a cultura do seguro e aprimoramento do relacionamento com os consumidores. Somos testemunhas desse trabalho incansável. Ao longo destas sete décadas, a Confederação vem se dedicando com afinco a promover o desenvolvimento do mercado, fortalecendo suas associadas perante o poder público. Em um cenário desafiador como o atual, quando somos confrontados com a maior crise de saúde dos últimos 100 anos, esse papel ganha relevância ainda maior.”

 

Presidente da FenaSaúde, João Alceu Amoroso Lima assinala que a CNseg chega aos seus 70 anos como uma forte representante de um setor que cresce de forma contínua, independentemente de crises econômicas, especialmente a atual marcada pela pandemia da Covid-19. “O setor de seguros representa ativos financeiros da ordem de R$ 1,4 trilhão, com receita anual de cerca de 6,7% do PIB. É um setor pujante que não pode estar fora da pauta econômica do Brasil, principalmente em meio a uma crise que demanda proteção de patrimônios, vida e saúde, formação de poupança, geração de emprego e renda. Nesse sentido, o setor segurador tem desempenhado missão importante, contando sempre com o apoio direto da CNseg.”

 

Segundo o presidente da FenaCap, Marcelo Farinha, as Federações acompanham a CNseg na linha de frente para incluir o seguro na agenda estratégica do País, contribuindo, portanto, cada vez mais para a desoneração fiscal do Estado, com ações de estímulo ao empreendedorismo, à prevenção e à responsabilidade solidária.

 

“A CNseg tem papel indiscutível no fortalecimento do mercado segurador, em particular para o segmento de capitalização, que represento”, enfatiza. Em 2020, mesmo diante do cenário adverso da pandemia, o segmento de capitalização injetou R$ 19,2 bilhões no mercado, considerando os valores pagos em resgates e sorteios pelas cinco modalidades em comercialização, voltadas para pessoas físicas e jurídicas. Esses recursos ajudam a movimentar a economia e a apoiar a sociedade em um momento tão desafiador. “Para se ter uma ideia do que isso representou, o mercado distribuiu, ao longo de 2020, R$ 1,1 bilhão em sorteios, recursos que auxiliaram milhares de brasileiros a enfrentar a mais grave crise sanitária de que se tem registro em um século, no mundo todo”, destaca Farinha.

 

Para o Presidente da FenaPrevi, Jorge Nasser, é preciso também reconhecer a importância das instituições sucedidas pelas atuais federações como, por exemplo, a Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp), antecessora da FenaPrevi. “Cabe um reconhecimento especial às referidas instituições, que construíram os alicerces para o modelo atual de representação institucional e que também fazem parte da comemoração destes 70 anos.

 

Mas, sem dúvida, o modelo vigente imprimiu uma nova forma de atuação institucional, mais aderente às oportunidades e aos desafios do ambiente no qual o mercado segurador e previdenciário está inserido”, conclui Nasser.

 

DESAFIOS DA PANDEMIA

 

A mortífera escalada global da Covid-19 é, certamente, o maior desafio da humanidade desde a Segunda Guerra Mundial. Os números desse período pandêmico mostram que essa inglória e dolorosa trajetória se tornou um alerta para todos sobre as fragilidades e vulnerabilidades humanas. Como observa Marcio Coriolano, o legado da doença é de que todos devem administrar melhor e com seriedade os riscos que estão no entorno, proteger a família, a residência, o negócio, os bens que formam seu patrimônio, acumular recursos via planos de previdência.

 

“Naturalmente, o setor segurador, dada sua singular peculiaridade de proteger pessoas e apoiar negócios, estará cada vez mais no radar dos consumidores previdentes”, diz Coriolano. Para ele, é evidente que nada disso teria sido possível, nem a resiliência, nem os saltos de produtividade, sem o progresso tecnológico e de governança que o setor segurador soube dar.

 

“A tal ‘disrupção’ anunciada não precisou acontecer, porque todas as seguradoras souberam transformar esse tão propalado conceito supostamente ameaçador em programas e ações práticas de digitalização e revisão radical de processos e rotinas. O mesmo aconteceu com a formidável adaptação do setor às circunstâncias de baixa taxa de juros, compensada pelo aumento da produtividade, redução de despesas e foco na preservação da solvência.”

 

O presidente da CNseg frisa ainda que a pandemia despertou o sentimento de “finitude”, ou seja, uma experiência modificadora não só no plano pessoal, mas também no plano corporativo. Segundo Coriolano, estamos mais solidários, preocupados em não deixar ninguém para trás e atentos às questões ambientais, sociais e de governança (ASG) nas atividades econômicas e nas decisões de investimentos. “Em busca de uma recuperação pós-pandemia mais forte, resiliente, equitativa e sustentável.

 

A diversidade e inclusão no setor segurador é outra pauta que entrou em nosso radar definitivamente e buscamos agora ter uma maior equidade por gêneros, raças e credos. Lembrando sempre que a missão da CNseg é sempre contribuir para o desenvolvimento do sistema de seguros privados, representar suas associadas e disseminar a cultura do seguro, concorrendo para o progresso do País”, lembra Coriolano.

 

JORNADA DIFÍCIL, MAS PERMEADA POR RESILIÊNCIA TRANSFORMADORA

 

Marcio Coriolano construiu uma trajetória singular na indústria de seguros. Economista formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pós- -graduado em Engenharia da Produção pela Coordenação de Cursos de Pós-Graduação em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), ele ocupou relevantes cargos em órgãos públicos, inclusive na Susep, da qual foi superintendente; no campo privado, como diretor da Bradesco Seguros, diretor-gerente da Bradesco Saúde e presidente da Bradesco Saúde e Mediservice.

 

A chegada de Coriolano à Presidência da CNseg coincide com profundas mudanças no País, sobretudo na economia, mas também com respostas do setor de seguros a todas as adversidades que surgiram no período. “Da minha posse no início de 2016, lembro-me de uma frase do discurso, que resume o que passava pelo meu espírito naquele momento: ‘Consolidar ao máximo as conquistas do passado e avançar na direção do que o futuro apresenta como possível’. De lá para cá, alternamos ciclos de severa recessão econômica no Brasil, iniciada em 2015 e que ultrapassou 2017, com queda do PIB de mais de 3% por ano, baixo crescimento nos dois anos seguintes — na média, de 1% ao ano — e voltamos a submergir em 2020, com queda de 4,1% do PIB.

 

“Feitas as contas, a economia teve enorme contração, mas o mercado de seguros permaneceu resiliente, com alternância na liderança das atividades entre os seguros de pessoas e aqueles voltados para bens e danos a terceiros. Desviando-se do PIB, o setor avançou, chegando ao crescimento superlativo de mais de 12% em 2019, mas recuando para uma taxa de 1,3% no ano passado, para R$ 274 bilhões, dada a eclosão da pandemia”, esclarece Coriolano.

 

Desde a posse de Coriolano, o mercado convive com um período de crescimento heterogêneo entre ramos e modalidades de seguros. Esse comportamento diferenciado tem sido ditado pela demanda de cada setor econômico que forma a clientela dos seguros. E, principalmente, mais recentemente, pelas condições de restrição de mobilidade, desemprego elevado e perda de renda da população.

 

“A volatilidade permanece neste ano. Mas com uma novidade contabilizada no primeiro trimestre: a demanda por seguros se elevou, apresentando crescimento de 10,3% em comparação ao mesmo período de 2020, quando o mês de março foi afetado pela pandemia, decretada naquele mês. A liderança cabe a Danos e Responsabilidades, seguido de Pessoas”, conclui o presidente da CNseg.