O papel do seguro em meio a desafios da longevidade e da severidade dos extremos climáticos
Mobilidade, saúde, representatividade e poder de compra são temas centrais desta edição, que também aborda a transição verde, o impacto das mudanças climáticas e os rumos da economia global. Por: Dyogo Oliveira
Desafios complexos acompanham a conquista da longevidade entre os brasileiros. Falta de investimento em mobilidade urbana, saúde, representatividade inadequada na mídia, além do poder de compra dos idosos, são alguns dos temas da matéria de capa desta edição da Revista de Seguros sobre os 60+. Especialistas apresentam insights valiosos sobre políticas públicas que precisam ser criadas e para os cidadãos que, o mais tardar em 10 ou 20 anos, estarão no clube dos 60+. Desde já, esse grupo de meia idade precisa cuidar da saúde física, mental e financeira, para permanecer distante das dores do envelhecimento sem amparo ou proteção. Confira!
As mudanças climáticas, o meio ambiente, as ações para mitigar os extremos do clima e o papel das seguradoras na transição para uma economia verde são assuntos presentes nesta edição e distribuídos em duas reportagens especiais.
Uma é a entrevista exclusiva à Revista de Seguros concedida pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que detalha as principais ações preparadas para a COP30, que ocorrerá no Brasil em novembro de 2025. Além de uma capital amazônica como sede do o evento (Belém), para uma convivência provavelmente inédita dos líderes globais com a floresta e seu povo, a pauta de debates incluirá a bioeconomia, abordada no G20, avaliará propostas das últimas conferências e validará novas ações para frear o aquecimento global.
Já a reportagem da COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, destaca o esforço institucional da CNseg para incluir o mercado segurador (local e mundial) entre os atores capazes de promover ações efetivas e assertivas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, via cobertura de seguros, e financiar projetos sustentáveis, via recursos garantidores.
Nas outras páginas, a edição trata de conjuntura econômica, geopolítica e investimentos em três reportagens distintas. Especialistas avaliam o provável comportamento da economia brasileira e suas principais variáveis, como Selic e taxa de câmbio e PIB, no próximo ano.
Outros discutem os impactos para o Brasil da volta de Trump ao comando dos Estados Unidos. Neste caso, o consenso é que presidente eleito tentará enfraquecer e o fortalecimento das relações comerciais entre China e Brasil, principal parceiro comercial do país asiático. Volatilidade dos mercados é outra consequência da era Trump.
Na parte de investimentos, destaque para dois setores estratégicos: ferrovias e petróleo, com provável salto dos negócios das seguradoras que oferecem coberturas para os dois setores.
O que se diz é que os seguros de transporte ferroviário no Brasil deverão dobrar de tamanho nos próximos anos, impulsionado pela modernização e expansão da malha ferroviária. O Governo Federal investirá R$ 94 bilhões até 2026, por meio do novo PAC, ampliando os atuais 29,8 mil quilômetros de trilhos e reativando trechos ociosos. A meta é aumentar a participação das ferrovias na matriz logística nacional de 21% para 34%, atendendo à crescente demanda dos setores agrícola e de mineração. Um acréscimo de mais de 12 mil novos quilômetros de trilhos em 19 estados, além de requerimentos para mais 22 mil quilômetros, representará R$ 295 bilhões em investimentos.
As movimentações da indústria de petróleo e gás também merecem atenção. O Brasil vive uma nova corrida pelo petróleo, com previsão de crescimento contínuo na produção até 2030, alcançando 5,3 milhões de barris por dia, um aumento de 77% em relação a 2023, posicionando o País como o quinto maior produtor mundial. Contudo, a partir de 2031, projeta-se uma redução gradativa devido ao envelhecimento dos poços do pré-sal e à ausência de novas grandes descobertas. A produção é estimada em 4,4 milhões de barris/dia até 2034.
Boa leitura!