RESPOSTAS ASSERTIVAS E TRANSFORMADORAS PERPASSAM A ATIVIDADE DE SEGUROS NA ERA DAS INCERTEZAS

RESPOSTAS ASSERTIVAS E TRANSFORMADORAS PERPASSAM A ATIVIDADE DE SEGUROS NA ERA DAS INCERTEZAS

Respostas assertivas e transformadoras perpassam a atividade de seguros na era das incertezas.

Por: Marcio Serôa de Araujo Coriolano

Um convite à vida e uma profunda reflexão sobre a emergência climática estão presentes nas páginas desta nova edição da Revista de Seguros (nº 920). A começar pela matéria de capa, “Refugiados do Clima”, que descreve dramas na vida das pessoas que deixam para trás histórias, esperanças e sonhos, ora arrastados pelo avanço do nível do mar nas cidades litorâneas, ora alcançados por enxurradas ou secas prolongadas. A pacata Atafona, em São João da Barra, no norte fluminense, já é um miniretrato do que está em jogo no plano global. Lá, mais de 500 casas já foram destruídas pelo avanço das águas do mar.

 

Os extremos climáticos poderão arrastar 3,3 bilhões de pessoas para uma jornada de infortúnios nas próximas décadas, ou seja, cerca de 40% da população mundial, pelas contas do novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, agravando problemas sociais com os prováveis movimentos migratórios. As respostas para mitigar os efeitos do aquecimento são conhecidas, mas o preço a pagar é desafiador para algumas atividades econômicas. As medidas mitigatórias são responsáveis pela chamada inflação verde, tema de outra reportagem, e impactam atividades como as relacionadas a energia, indústria automotiva, setor bancário, entre outras.

 

É um mal a ser suportado por todos, já que, do contrário, as catástrofes serão cada vez mais onerosas e, em algum momento, insuportáveis. Nessa linha tênue, a esperança vem de todos os lados. Em particular, chama a atenção o número de projetos de saneamento básico. O desafio gigantesco de respostas assertivas remete à promulgação da Lei nº 14.026, estabelecendo o novo marco regulatório do saneamento básico. A lei de 2020 representa um ponto de inflexão contra um aspecto básico da saúde pública tratado com descaso secular.

 

Após o marco regulatório, já se contam 880 projetos de saneamento básico em andamento — 468 de água e esgotos e 412 de manejo de resíduos sólidos, atualmente, em sua grande maioria, lançados nos famosos lixões que mancham a paisagem da maioria dos municípios brasileiros. Essas ações são relatadas na reportagem sobre saneamento público. Na parte dedicada aos temas do setor de seguros, na condição de entrevistado, faço um balanço de minhas duas gestões à frente da CNseg, relatando desafios, realizações e legados; as transformações ocorridas no mercado nesse período; a adaptação do setor aos movimentos adversos da economia e da política; o protagonismo do seguro nas questões ASG; os efeitos colaterais da pandemia e da jornada digital da atividade, entre outros tópicos.

 

Agradeço ao grupo de sete jornalistas que participou da sabatina que permitirá aos leitores conhecer os bastidores da CNseg e a dedicação de seus dirigentes e do quadro de colaboradores. E antever o ciclo de renovação que se inicia com minha despedida do cargo no fim de abril. Daí porque uma segunda reportagem apresenta os novos guardiões da CNseg — Roberto Santos, presidente do Conselho Diretor da CNseg; e Dyogo Oliveira, diretor presidente da CNseg —, suas propostas e as atribuições para os cargos estratégicos de representação institucional do setor segurador.

 

Outros temas relevantes tratam da perspectiva de diversos ramos e modalidades de seguros a partir de novos normativos. Os avanços incluem não só a linha de Responsabilidade Civil (RC), mas outras modalidades de danos e de benefícios. Confira as mudanças que começam a ser materializadas e favorecem diretamente os consumidores.